Ateísmo é um tema que volta e meia é recorrente nos círculos religiosos. E geralmente as pessoas religiosas têm bastante argumentos para “convencer” os ateus de seu orgulho, de sua cegueira, e são persuasivos quando o assunto é sua conversão. Aliás, esse assunto abordado entre uma pessoa religiosa e uma que se declara ateia, tem sempre uma faísca de conflito latente nos gestos, no tom de voz, e nas argumentações exposta pelos dois lados. E no geral, esse conflito termina por alargar ainda mais as relações.
No encontro com uma pessoa que se declara ateia qual deveria ser nossa postura? Como “ver” a questão?
A princípio, rótulos são sempre estigmas que mesmo sendo bons ou ruins ninguém gosta quando posto em “xeque”. Entretanto, quando falamos sobre ateísmo e com um ateu geralmente se tem a seguinte compreensão no senso comum: ateu, é aquela pessoa que não abraçando credo ou religião se declara ateu em relação a mesma e seus credos. Dizendo doutro modo: ateu é aquela pessoa que não acredita em Deus – pelos menos, não do jeito que lhe é apresentado pelos grupos religiosos. Mas, isso não quer dizer que o ateu não “acredite” em algo ou em alguém. Apenas, ser ateu é não está dentro dos “paradigmas” que outros estão.
Olhando através da história em sua tradição filosófica e ideológica, o ateu seria aquela pessoa racional que só crer e ver aquilo que lhe é apalpável, que está dentro de uma lógica e a um passo da razão.
Há quem pense que o ateu seria aquele que, frustrado com as instituições religiosas e os religiosos, por algum motivo, se auto exclui desse universo se declarando assim para não ter que dar satisfação aos seus interlocutores; ou ainda, se considera ateu por não encontrar sentido e nem resposta prazível para os seus conflitos de ordem espiritual, de sentido de vida, do Ser em si mesmo.
Por outro lado, o ateu pode ser um religioso não “adequado” as normas e pensamentos da religião; pode ser alguém que está talvez um pouco aquém, e que por isso mesmo, tenha outro jeito de expressar aquilo que como religiosos temos mais facilidade de o expressar com nossos ritos, expressões e atitudes. E é justamente isso que como religiosos muitas pessoas tenham dificuldade de compreender.
Um ateu pode ser mais religioso que todos os religiosos juntos. Digo, no sentido de viver e defender aqueles valores que de praxe, deveria ser normal à prática da religião e dos religiosos; que, o sentido que damos e a leitura que nossa compreensão faz de Deus ele também o faça de uma outra forma que não seja necessariamente as vias da religião. Por isso, duvido muito das coisas que se afirmam dos ateus, e os declarados ateus que conheci até o presente momento, não me convenceram o suficiente de seu ateísmo. Até os ateus intelectuais, escritores, ativistas, políticos que li ou ouvi falar, não me convenceram de seu ateísmo. Ateísmo enquanto negação veemente de Deus e da religião, porque até eles, tem sede do infinito e fome de Deus, e expressam e vivem isso de modo diverso da religião. Olhe para o seu estilo de vida e logo se perceberá isso.
Assim, quem sabe o “ateísmo” não seja uma forma velada de “religião” de maneira que oposta a essa, negando-a e negado seus “dogmas” a afirme como tal, e consequentemente, “Deus” seja afirmado, negando-o em sua vida?
Seja como for, teci essas linhas pensado que, quando o assunto se trata de ateísmo e do ateu devemos pensar que, ele tem lá suas razões assim como temos as nossas enquanto religiosos que somos, e que, ponderando dessa forma, podemos descobrir algo a mais da beleza e dos mistérios de Deus.
Quem se Diz ateu ė porque tem um enorme desejo guardado em seu interior de falar com Deus. De ouvir ou viver uma unica experiencia com Deus
Ainda bem que ele é, a teu, e não eu. Fica com os teus complicados, que eu já tenho muitas complicações kkkkkkkkkkkkk
Muitos dos que se consideram ateu, só necessita que chegue aquela pessoa religiosa que consiga chegar no ponto ideal e fazer com que ele vá acreditando em Deus ao poucos sem que ele se sinta obrigado a fazer algo que não estava acostumado a fazer.