O amor não tem receitas prontas, só experiencias. Cada um/a faz sua experiência. No amor não há “certezas” definitivas, só aprendizado. A única certeza é que o amor se basta a si mesmo (não de forma egoísta, egocêntrico), por isso mesmo, nele se encontra o sentido das coisas e da vida. E como sabemos do sentido e do significado do amor? É na lida do dia-a-dia que sentimos e descobrimos o real sentido e significado do amor. E isso não acontece com a ausência de algum tipo de “sofrimento” para os amantes. Esse (o sofrimento) de algum modo se impõe, mesmo com tons, intensidade e nuances diferentes. Não que o sofrimento seja necessário para a experiência do amor, mas na maioria das vezes ele está lá, como elemento que possibilita viver a experiencia do amor. Há casos e casos.
Só quem experimentou o amor sabe o quanto vale por ele lutar. Em meio aos sofrimentos, dor e perda de algo ou alguém é que sabemos o quanto amar e o amor era importante. O amor aparece como um momento de “insight” que num instante de clarão faz mudar tudo e enxergar mais longe e que vale por toda eternidade. Esse clarão ilumina a alma e dar clareza existencial.
Sem o amor vivemos como espectro, sem alma e sem corpo, alheio em meio a vida sem rumo e sem destino. Sem amor cada dia é apenas mais um dia meramente vazio de sentido e de ser.
Todo dia é dia e hora de se fazer a experiencia do amor, de amar. Se aprende amar amando. É um exercício constante! Nem sempre na oficina da vida a experiencia de amar dar certo, mas é necessário sempre recomeçar e recomeçar de novo, e de novo, e cada vez mais, de novo. Porque o amor é “dependência existencial e visceral” da vida humana e cristã. A vida sem amor é uma triste vida. É preciso amar e amar sempre.
No amor cada um faz seu caminho, sua experiencia, não há receitas prontas, apenas aprendizado; dos outros temos os testemunhos, exortação e animação para que não possamos parar. Parar é desistir, é deixar se levar pelo vazio, pela não-existência, pelo não-sentido. É preciso amar e amar sempre. Cada um há de achar o seu caminho… afinal de contas, não é o Amor que melhor “defini” Deus e suas loucuras por nos salvar?!
Amor, amar, lhe damos muitos outros nomes, mas enfim, a essência é a mesma. Pode haver histórias, personagens, contextos, sonhos, buscas diferentes e por caminhos diversos, mas no fim, por detrás de tudo se trata de amar e dar sentido e significado a própria existência e o ser.
Para saber amar se leva uma vida inteira e ainda assim quando pensamos que já nos completamos e chegamos ao “fim” é que percebemos que não acabou ainda e temos que dá passos e mais passos porque a busca e a jornada só está apenas a poucos passos do início e que a chegada não é chegada, mas partida de uma nova mas sempre a mesma jornada até a plenitude dos tempos.