É dito por todos os jornais e também aqui na internet. Depois de uma campanha linda e democrática onde prevalece a vontade do povo, temos o triste episódio da votação contra Ficha Limpa. É de ficar indignado. O bom senso, a decência e a vergonha foram postas de lado para dar lugar à corrupção, a imoralidade, a falta de vergonha.
Não podemos deixar isso passar. A sociedade organizada, os movimentos, o cidadão e a cidadã tem que tomar partido, se indignar com isso e fazer os nossos representantes ouvir e ver nossa indignação.
Quando pensamos que estamos vivendo um novo capitulo da política brasileira; quando vemos um governo que prezou cada voto desse país; vem nos assombrar uma ducha fria dessas. Temos mais que nos indignar.
Que lindo movimento foi aquele em que o povo ergueu sua voz em favor da moralidade; da política e pela democracia livre, resultando na lei da Ficha Limpa. Isso nos faz lembrar a luta dos movimentos, do povo pela democracia de anos atrás em períodos de pobreza, atraso e ditadura.
Agora, nesses novos tempos, vemos o povo de novo erguer sua voz por uma política e políticos honestos, que represente a voz e a vontade do povo, e mal celebramos essa vontade consolidada, temos de modo obscuro e no dizer popular, a traição, esse ato insano que faz voltar à politica suja e imoral.
Fazer com que a lei da Ficha Limpa venha ser validada só daqui a dois ou quatro anos, é dar tempo suficiente para que os maus cidadãos e cidadãs se passem por éticos, bons e assumam através do voto popular, o poder que interfere no cotidiano da vida desses mesmos cidadãos e cidadãs, que crie impostos, que tire vantagens desonestas sobre tudo e sobre todos em nome do bem e do próprio povo. Como pode? É urgente, pois, que demostremos de modo claro, incisivo e comprometido a nossa indignação e cobre dos nossos políticos, respeito e dignidade com a lei, com a vida e com o povo.
É preciso agir, mobilizar, conversar, conscientizar, fica de olho, fazer nosso papel. A solução não vem de cima pra baixo, mas de baixo pra cima. Somos nós que votamos, somos nós que devemos dar o primeiro passo. Por políticos e uma política séria nesse país, precisamos voltar à luta.