Por: Sebastião Catequista.
Há duas pessoas no Novo Testamento que são impactantes: Jesus e Paulo. Aqui me reportarei a Paulo. É preciso ler mais sobre Paulo e sua história, seus ensinamentos, sobretudo, a partir de sua experiência com Jesus ressuscitado. Quando se chega a certa altura da vida, nos damos conta que precisamos de muito pouco para viver; nos tornamos seletivos quanto as vários opções de atividades, empregos, relações interpessoais e até, as festinhas dos finais de semana. A vida ganha outro ritmo e nossas percepções ficam mais aguçadas quanto a significados e sentidos. Ficamos mais criteriosos e pouca cousa nos tira a paz e o sossego que vamos adquirindo ao longo dos anos. Não nos iludimos com muito e pouca coisa nos basta. São Paulo nos ensina sobre isso. Ele fala que depois do seu encontro com O ressuscitado aprendeu a viver com o pouco e com o muito, aprendeu a passar fome e a viver saciado, aprendeu a viver na noite e no frio, no dia e na dor, aprendeu a viver na pobreza e na riqueza, aprendeu a viver só e com pessoas ao seu redor, aprendeu a viver na penúria e a esperar o melhor amanhã. Quem assim vive chegou à maturidade plena, chegou a ser livre. Isso é mais que a felicidade pode dar, pois, não vive de ilusão e a nada se prende. De fato, nada prende esse homem, nada interfere na busca e no sentido mais pleno de sua vida que segundo seu testemunho espiritual é Jesus ressuscitado. Está lá nas suas cartas. É impressionante. Basta um pouco de tempo folheando-as para descobrir quem foi esse homem, pelo que passou, o que viveu e o que motivou sua esperança existencial. Sua trajetória de vida nos incentiva a todos!
Conheci alguém assim. Desde criança viveu as experiências mais amargas desde o sofrimento do abandono até migração, da falta de afeto e do mínimo necessário para viver até o desprezo das pessoas por sua pobreza, de dormir na rua até encontrar e construir uma casa e um lar seguro. Mas mesmo vivendo as adversidades da vida, nele havia uma força que o habitava alimentando o ideal que buscava. Tão precoce na vida, já sabia perder tudo para ganhar Tudo. Os anos se passaram e ao seu redor construiu vida, construiu relações sólidas, alcançou seu ideal, e foi para muitos outros inspiração. E isto não foi sem dor, sem lágrimas e esperanças. Casos assim, não vemos na grande mídia e muito menos nas redes sociais com frequência, mas com certeza existem. E isto nos remete ao essencial da fé e da vida cristã. Ao lembrar de Paulo, lembrei desse personagem amigo e real que prefiro ocultar seu nome, e o faço, porque trago a você leitor, não a história de um ou mais personagem, mas a partir do Paulo, um minuto de reflexão: Pessoas que despertaram cedo ou tarde para ideais grandes em suas vidas, trazem dentro de si uma força irresistível de transformação. Paulo, é um exemplo e um modelo a luz da fé cristã, meu personagem também. Neles, é possível vislumbrar o sol do ressuscitado apontado o caminho como uma seta a nos dizer: a liberdade é pra lá… Não por causa da internet, mas está fazendo falta os “Paulos” da vida que desde cedo nos inspira à caminhar, a transformar, a viver de ideais grandes por causa de um outro, O ressuscitado das estradas poeirentas da Galileia.
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