Recentemente o jornal Exta de Pernambuco em sua edição de número 379, semanário de 14 a 20 de março do corrente ano, em sua página 03, traz uma matéria sobre a possibilidade de ser instalada em Pernambuco uma usina nuclear. Cogita-se que no Governo Federal e Estadual isso já é certo, pois além de nosso estado pernambucano há ainda mais 12 usinas a ser instaladas no Brasil.
Tais usinas trarão modernidade, emprego, divisas e riquezas para o nosso país, principalmente para os estados onde serão instaladas. Quanto ao meio ambiente, como sempre, os técnicos, ambientalistas (mais de gabinete e burocracias…) estão averiguando os impactos ambientais. Por enquanto existe discursões que vem se prolonga desde alguns anos. Mas será que precisamos de usinas como essas no Estado? Existe tempo politicamente e economicamente favorável? O que será que vão fazer para nos iludir massivamente enquanto se age na “surdina” da noite? Será que vão aplicar o jeitinho brasileiro? O que está faltando para aprovarem tal feito? O tema é complexo!
Os fatos recentes do Japão que abalou o mundo e ainda está na memoria do povo, é um impecílio ao debate, fazer algo nesta hora seria precipitado. Nossos representantes na Assembleia legislativa do Estado (Alepe) estão a se debater e a pedir explicações. Nos bastidores do poder estadual e federal as coisas voam. Mas, e nós, o povo? Não fomos consultados! Tenho a impressão que a cidade do alto sertão, Itacuruba-PE, em sua população simples e destemida, também não.
O fato é que, como povo, não sabemos exatamente pra que serve uma usina nuclear, a não ser daquilo que se diz nos livros colegial e a TV, principalmente quando mostram noticias como a que aconteceu no Japão. Aí nossa gente percebe o risco de vida pelo qual está passando, e como também o planeta é afetado, comprometendo as gerações futuras e a própria existência no/do planeta. E, nesse por menor, aparece diante de nossos olhos, o que fizemos como povo e quem colocamos no poder.
É preciso está atendo, não somos só políticos e cidadãos na hora de votar. Brasileiro/a é apaixonado por tudo o que faz e curte (futebol, esporte, religião, política, natureza, trabalho). É preciso também exercer esse fascínio e essa politica no dia-a-dia, acompanhando o que acontece ao nosso redor em termo de coletividade. Tá na hora de dar um basta na praga da corrupção, da desonestidade, sem-vergonhice, e na alienação. Pois é o poder que emana do povo (ainda existe isso?) que faz as coisas acontecer, e depois de leite derramado, não há como chorar e recuperar o que foi perdido.
Esse ano, a Igreja Católica, em suas atividades religiosas sociais, fomentou o tema da ecologia e a vida do planeta em mais uma edição da Campanha da Fraternidade. Ela trouxe o debate para dentro das famílias, da sociedade mais ampla, contudo, essa ação ainda assim foi fraca, de certo ponto de vista, mas foi válida.
O fato é que, se nós, pobres cidadãos mortais, não estivermos atentos, não seremos participantes desse debate, não poderemos pesar as coisas, não teremos como manter o equilíbrio, e amanhã não teremos outra Casa Comum para morar, e será tarde demais… Sei que há muitas usinas espalhadas pelo mundo, sei que elas trazem uma enorme á sociedade, mas, a que custo? Os riscos são muito alto e não mexe com quem está trabalhando com isso, mexe com a vida, a vida do povo, do planeta, da existência planetária universal. E aí?
As usinas que não deram certo nos servem de alerta, de sinal. Elas são uma lembrança permanente de que devemos ser cautelosos, cuidadosos. São lições que teimam a nos interpelar… São lições que não querem, não devem e não podem se calar.
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ATT.: Encontrei no site do Jornal do Commercio, em seu blog de ciencias e meio ambiente, ótimos artigos sobre esse assunto. Recomendo que você leia-os, pois nos dá uma ampla visão do assunto. Eis o link: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/